mundo perfeito

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29.2.04

Primeiro post

O que é o Mundo Perfeito?

Além de uma ironia pouco subtil e de uma piada pouco eficaz, o Mundo Perfeito em versão de blogue pretende ser um espaço de liberdade individual. Podem, com justiça, chamar-lhe um espaço de afirmação ou até de narcisismo, como qualquer espaço de opinião ou de criação a solo acaba sempre por ser. Assumo a responsabilidade integral do que constar neste blogue, embora, tenho a certeza, o mérito seja muitas vezes partilhado com outros. Por outro lado, empurra-me para a criação deste blogue a tentação de ter uma empresa-falante.

No ano passado criei, com a Magda Bizarro, uma empresa com o mesmo nome deste blogue e com os mesmos objectivos simples. O Mundo Perfeito produziu o espectáculo de teatro “Stand-up Tragedy” e está neste momento a desenvolver diversos projectos em colaboração com outras entidades e indivíduos. É uma pequena estrutura que quer cúmplices. Entre aqueles com quem já colaboramos, contam-se Luís Osório, Daniel Sampaio, Nuno Artur Silva, Nuno Lopes, Luís Filipe Borges, Márcia Breia, Nuno Costa Santos, Nuno Figueiredo, Produções Fictícias, a companhia belga STAN, a também belga escola de dança P.A.R.T.S., o Teatro Maria Matos e a Editorial Notícias, entre outros. A fronteira entre mim e esta empresa é ténue, sendo que é quase inevitável que quem colabore comigo acabe por contactar com o Mundo Perfeito e (aí sim é completamente inevitável) quem trabalha com o Mundo Perfeito terá que «levar» comigo.

Assim, com todos os riscos que isso implica, a empresa Mundo Perfeito passa desde hoje a ser uma empresa com opiniões, que critica, que conta histórias, que manda bocas. Neste blogue, vou publicar algumas coisas, mais ou menos interessantes, que tenho vontade de escrever. Serão textos quotidianos, que não tenham outro lugar para existir ou que, mesmo merecendo outro formato, faça sentido verter para este espaço tão polémico quanto inócuo que é a blogosfera. Vou também aproveitar para falar dos meus projectos e dos do Mundo Perfeito. Dos espectáculos que vamos construindo. Das ideias que vamos desenvolvendo. Das pessoas e das histórias que vão habitando este projecto. Em relação a essas pessoas e entidades que connosco colaboram, é necessário salvaguardá-las desde já de qualquer culpa nos disparates que vou, com certeza, escrever aqui. Seja a questão política, estética, ética, desportiva ou de simples gosto, nenhum daqueles que comigo colaboram deve ser conotado com os meus pontos de vista. A culpa é toda minha.

A culpa do que eu escrever aqui é toda minha, mas talvez também um pouco da minha família e dos meus amigos, que me influenciam. E dos meus pais, pela educação que me deram. E da minha ama, a D. Cacilda, com quem continuo a almoçar num restaurante chinês na Amadora. E do meu clube, o Sporting. E dos partidos em que voto à esquerda, tal como dos partidos em que não voto à direita. E do governo. E da oposição. E da República. E de Portugal e dos portugueses. Enfim, ficam já a saber que a culpa também é vossa. Mas só eu assino.

Tiago Rodrigues